Objetos pré-históricos do acervo do Museu do Homem Americano são destaques na Sala Cronologia da Exposição Serra da Capivara – Homem e Terra, que acontece no Centro de Referência do Artesanato Brasileiro, CRAB , no Rio de Janeiro, numa realização do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, em parceria com o Sebrae Nacional.

Sala Cronologia, primeiro espaço da exposição após o Portal de Entrada
Sala Cronologia, primeiro espaço da exposição após o Portal de Entrada

“Para essa sala trouxemos parte do acervo do Museu do Homem Americano, complexo ligado ao Parque Nacional Serra da Capivara. Aqui temos a cronologia de todo o trabalho de pesquisa realizado pela Dra. Niède Guidon ao longo de mais de quarenta anos. É uma história que teve início em 1970 e se estende até os dias atuais, mas que começou a ser traçada ainda em 1963”, conta o curador da exposição Renato Imbroisi.

Plotagens evidenciam cronologia das pesquisas e a história da Serra da Capivara
Plotagens evidenciam cronologia das pesquisas e a história da Serra da Capivara

Em 1963, a arqueóloga Niède Guidon teve acesso a registros fotográficos da existência de inscrições rupestres na Serra da Capivara, interessando-se em desenvolver pesquisas na região. Em 1964, mudou-se para a França, só retornando ao Brasil em 1970, numa missão que visitaria o norte do Estado de Goiás. Niéde resolveu estender a viagem até São Raimundo Nonato, na região da Serra da Capivara. Logo na primeira visita, identificou 55 sítios arqueológicos até então desconhecidos. Mas os trabalhos de pesquisa iniciaram somente em 1973.

Urnas funerárias inéditas estão nessa exposição
Urnas funerárias inéditas estão nessa exposição

“A história de Niède Guidon se confunde com a história da Serra da Capivara, região em que nasci. Nessa exposição temos a nossa cultura e nossa arte muito bem representadas e dignamente expostas. O mundo precisa conhecer esse patrimônio. A Serra é, sem dúvida alguma, a maior pinacoteca da pré-história mundial. São mais de mil sítios arqueológicos, dos quais cerca de 200 são abertos a visitação, encantando tanto pelas inscrições rupestres como pela paisagem, sem deixar de lado o trabalho desenvolvido pelos artesãos ceramistas, que em suas peças muito bem representam essas riquezas”, comenta a vice-governadora do Estado do Piauí, Margarete Coelho, que esteve presente na abertura da exposição.

Mesas interativas ambientam a Sala Cronologia
Mesas interativas ambientam a Sala Cronologia

Além da linha do tempo do trabalho de Niède Guidon e da história da Serra da Capivara, na Sala Cronologia estão expostos fragmentos de cerâmica datados de 300 a 3,5 mil anos, além de três urnas funerárias, estas datadas de até 3,4 mil anos. São urnas inéditas que nunca tinham sido apresentadas ao público.

No espaço, os visitantes podem também assistir a vídeos que contam parte dessa história. É nessa sala que estão também as mesas interativas, sendo uma de simulação de escavação num sítio arqueológico, e outra que permite uma viagem virtual a esses sítios, bem como um painel em 3D, que representa as pinturas rupestres encontradas no local.

Cezar Vasquez, diretor superintendente do Sebrae no Rio de Janeiro
Cezar Vasquez, diretor superintendente do Sebrae no Rio de Janeiro

“É uma honra enorme ter essa exposição no Rio de Janeiro. Sempre tive uma admiração particular pelo Piauí, pelo artesanato e pela sua gente. Pra mim, como superintendente do Sebrae no Rio de Janeiro, é uma emoção poder inaugurar essa nova fase do CRAB, de receber exposições de outros Estados, com essa belíssima mostra”, declara o diretor superintendente do Sebrae no Rio de Janeiro, Cezar Vasquez.

A exposição inédita ficará aberta à visitação até janeiro de 2018, funcionando de terça-feira a sábado, no horário de 10h00 as 17h00. A entrada no CRAB – que fica localizado na Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro – é gratuita.

Apóiam a iniciativa o Governo do Estado do Piauí; Sebrae no Rio de Janeiro; Fundação Museu do Homem Americano, Fumdham; Ministério da Cultura, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan; Ministério do Meio Ambiente, através do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ICMBio; e Cerâmica Serra da Capivara.

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