HÁ VIDA DEPOIS DO LIXO – Em São Raimundo Nonato, catadores se organizam para formar uma cooperativa e dignificar uma das atividades mais desprezadas pela sociedade.

A iniciativa, liderada pelo secretário de Meio Ambiente da cidade, Andre Landim, está na fase de reuniões para que seja apresentada a um grupo de catadores de recicláveis as vantagens do cooperativismo. Segundo André, o grupo já conta com 18 trabalhadores interessados, sendo necessário 20 para a criação da cooperativa.

A cooperativa, que pode ser a única em um raio de 250 km, já tem apoio de empresários da cidade dispostos a ajudarem com os recicláveis. Ainda de acordo com o gestor, a ideia é promover uma reeducação da população para que colabore separando corretamente papel, plástico e metal de lixos comuns das residências ou do local de trabalho, ou seja, a coleta seletiva.

A proposta da cooperativa tem apoio da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), que deve ministrar cursos de produção de vassouras a partir de garrafas PET. Com a cooperativa constituída, cujo nome será Cooperativa Ecológica dos Catadores de Materiais Recicláveis do Morro do Mel, os trabalhadores pretendem comercializar seus recicláveis diretamente para empresas do setor em outras cidades como Petrolina. Iniciativas como essa, além de gerar lucro e economia local, contribui na redução do lixo nos aterros. “É um desafio, mas quero me dedicar ao máximo para isso”, disse André Landim.

Por Edjalma Borges

Foto: Joaquim Neto

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