Professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) iniciaram nesta segunda-feira (18) uma greve por tempo indeterminado e realizaram um protesto em frente ao campus do Pirajá, Zona Norte de Teresina. A categoria reivindica o cumprimento do plano de cargos, carreiras e salários (PCCS), que implica na implantação imediata de progressões, promoções, e mudanças de regime de trabalho.

Outra reivindicação é sobre a falta de profissionais suficientes para completar o quadro de servidores. Segundo a Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp), somente neste semestre são 300 disciplinas sem professores, enquanto existem 26 classificados sem nomeação. 

“A principal motivação da nossa greve é a falta de negociação com o governo do estado. Desde outubro do ano passado, a gente tenta negociar o respeito das progressões que não estão sendo implantadas aqui. Uma outra realidade é o concurso que aconteceu, onde o número de vagas não condiz com a realidade que a gente queria e mesmo eles sendo chamados, não atendeu a demanda”, declarou a coordenadora da Adcesp, Rosângela Assunção.

Para os docentes, o caso mais grave diz respeito a falta de investimento na Uespi. De acordo com a categoria, faltam recursos para manutenção da estrutura, pagamentos de terceirizados e de seguranças, além das bolsas estudantis, que foram cortadas.

“Os campi estão sem receber suprimento de fundo, sem internet, telefone, transporte e condições de funcionamento. Para ter uma ideia, os terceirizados estão quatro meses de salários atrasados. Nós queremos que a universidade seja respeitada, a gente possa trabalhar com dignidade, que os estudantes possam chegar aqui e ter acesso com que a instituição tem a oferecer que é ensino, pesquisa e extensão”, comentou Rosângela Assunção.

Conforme a Adcesp, ainda não há previsão de quantos campi aderiram a greve. Uma assembleia está prevista para quinta-feira (21), no Palácio de Karnak.

Em nota, a reitoria da Universidade Estadual do Piauí informou ter sido notificada do movimento grevista no dia 14 de março e que está empenhada em resolver os problemas. A instituição afirmou estar trabalhando junto ao governo do estado para atender as reivindicações da categoria.

Fonte: G1

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