Alguns aliados do governador Wellington Dias (PT) estão chamando a atenção para a possibilidade de votos contrários à proposta do governo, na Assembleia Legislativa. O alerta foi dado ainda ontem, diante da manifestação de alguns integrantes da bancada oficial, posicionando-se contra a proposta do Executivo que aumenta impostos.

A bancada do PP, com três deputados (Júlio Arcoverde, Belê Meideiros e B. Sá Filho), já disse que não vota pelo aumento de imposto. Outros deputados começam a ser relacionados nessa mesma lista de discordância com o Karnak. Há até quem relacione o nome de Liziê Coelho (PTB), cujo marido, o ex-prefeito Luís Coelho, integra o primeiro escalão de Wellington.

O assunto do aumento de imposto é pontual. E claramente impopular. Isso traz uma motivação particular para a discrepância. Mas governistas mais atentos e preocupados acham que pode não ser um caso isolado. Pode, sim, ser uma ameaça de rebelião com outras implicações, inclusive em 2018. 

Vale notar, a essa quase rebelião na Assembleia deve ser acrescida a posição do deputado federal Fábio Abreu (PTB), que decidiu ficar em Brasília para votar contra o presidente Temer, deixando de ouvir um apelo feito pelo próprio governador. Wellington queria que Fábio reassumisse o posto de secretário de Segurança para cuidar de urgências na área, em especialmente o combate ao crime organizado. Não adiantou.

Ao mesmo tempo, volta-se a falar na possibilidade de uma candidatura Firmino Filho ao governo do Estado. Quando o nome de Firmino é citado como possível candidato a um cargo majoritário, sempre vem junto um olhar sobre as pretensões do senador Ciro Nogueira.

O questionamento é fácil de explicar: Firmino e Ciro juntaram seus projetos políticos quando a mulher de Firmino, Lucy Silveira, e o ex-prefeito Sílvio Mendes – a segunda maior liderança do grupo de Firmino – decidiram se filiar ao PP presidido pelo senador. Daí, a discrepância do PP na Assembleia rapidamente é somada ao ressurgimento do nome de Firmino no cenário da disputa.

Pode até ser um caso pontual. E também pode ser mera coincidência.

O único problema é que política não costuma ter fatos isolados. Tampouco coincidências.

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