O Ranking da Competitividade, divulgado anualmente pela Tendências Consultoria e pelo Centro de Liderança Pública (CLP), coloca o Piauí como o 23º Estado mais atrativo do país no olhar dos empresários. O Piauí, que há três anos estava na lanterna, hoje ultrapassa Sergipe, Amapá, Maranhão e Alagoas.

No ranking divulgado no ano passado, o Estado ocupava o 24º lugar. Agora subiu mais uma posição, ultrapassando o Maranhão. Na nota geral, o Piauí somou 33,3 pontos, enquanto a média nacional é de 47,9 pontos. O estudo leva em consideração 10 pilares. Veja a nota do Piauí e do Brasil em cada um deles:

Pontos fortes e fracos

Capacidade de investimento

Cada um desses pilares é dividido em vários indicadores para que a avaliação seja mais específica.

O Piauí apresenta um ponto forte bastante expressivo quando o assunto é solidez fiscal, especialmente nos indicadores de “Capacidade de investimento”, no qual ocupa o 3º lugar do país, e “Sucesso da Execução Orçamentária”, estando na 9ª posição.

No ano passado, o Piauí ocupava o 9º lugar em capacidade de investimento, portanto subiu seis posições em um ano. Por outro lado, há algumas lacunas a serem preenchidas quanto à solidez fiscal. Duas notas ainda estão muito baixas: autonomia fiscal (25ª colocação entre os estados) e resultado primário (26ª colocação).

Educação bem avaliada

O Piauí está em primeiro lugar, por pelo menos três anos consecutivos, no indicador “avaliação da educação”, com nota 100. Outros indicadores desse pilar também se mostram favoráveis no Estado, como a taxa de atendimento do ensino infantil (15º lugar) e a taxa de frequência do ensino fundamental (16º).

O pilar Educação é importante porque aponta para a qualidade da mão de obra que o empresário encontra no estado. Porém, dois aspectos não puderam ser contabilizados na pesquisa por falta de dados: a taxa de abandono do ensino fundamental e a taxa de abandono do ensino médio. Nos demais aspectos, o estado se saiu razoavelmente bem, visto que ocupou colocações entre 1º e 21º lugar na comparação com as demais unidades federativas.

Boa mobilidade urbana

Os trabalhadores, no Piauí, levam pouco tempo no trânsito de casa para o emprego e vice-versa, quando comparado ao tempo gasto em outros estados. Este é um dos fatores que faz com que o estado esteja em 5º lugar no indicador “Mobilidade urbana”, com nota 86,6, e assim mantém a mesma posição que no ano passado.

Ainda no pilar “Infraestrutura”, o Piauí ocupa o 11º lugar em “custo do saneamento básico”, o 13º lugar quanto ao “custo da energia elétrica” e o 14° quanto ao “custo dos combustíveis”. Ou seja, os gastos dos empresários com esses serviços no Piauí não é tão alto como em vários outros estados. Porém, o estado ainda precisa muito crescer quanto ao “acesso à energia elétrica” (23ª colocação) e disponibilidade de voos diretos (22º) – dois aspectos fundamentais para atrair novos negócios.

Custo da mão de obra

Assim como os custos com energia e saneamento são relativamente baixos, o custo com mão de obra é outro aspecto considerado positivo para a atração de novos negócios. Nesse quesito, o estado ocupa o 2º lugar geral, com nota 92,3 – mesma posição de 2015 e 2016.

Porém, todos os outros indicadores do pilar “Capital Humano” estão negativos no estado: quanto à população economicamente ativa, estamos na 22ª posição e quanto à qualificação dos trabalhadores, a nota é 0,6 e o Piauí ficou em 26º lugar.

Segurança pessoal

No pilar Segurança Pública, o principal destaque é o indicador “Segurança Pessoal”. Nele, o Piauí tem nota 77,3 e ocupa a 4ª posição nacional, subindo dois lugares em relação ao ano passado. O Estado está entre os melhores quanto ao déficit carcerário, saltando da 22ª posição em 2016 para a 10ª posição neste ano.

Nesse pilar, faltam dados sobre segurança no trânsito, o que coloca o estado em 27º lugar.

Previdência Social

O pilar da sustentabilidade social talvez seja o mais controverso da pesquisa para o Piauí. Enquanto o Estado ocupa o primeiro lugar no indicador da previdência social, com nota 100, ocupa o 26º em “famílias abaixo da linha da pobreza” e o 24º em desigualdade de renda e IDH.

A boa nota em previdência social significa que, geralmente, o trabalhador se aposenta quando completa o tempo de serviço ou a idade necessária, o que é bom para o empresário pelo lado da renovação da equipe de trabalho. Outro indicador em que o Estado aparece bem é a inserção econômica. Nesse ponto, o Piauí ocupa o 6º lugar geral, com nota 74,9.

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