Na semana passada, o noticiário local foi movimentado pela notícia de que o Piauí havia aumentado sua presença no Mapa do Turismo nacional. De 33 municípios, o estado passou para 77, crescimento de mais de 200%. Mas o que isso significa? Será que as cidades piauienses acordaram para o mercado turístico?
Em grande medida a resposta é positiva. Para fazer parte do Mapa, os municípios têm que atender aos seguintes critérios: ter um órgão responsável pelo turismo, ter orçamento para o setor e assinar um termo de compromisso do Ministério do Turismo. Ou seja, mais cidades do Piauí tem entidades do Poder Público dedicadas à atividade e tem dedicado verbas para investimentos. Evidentemente, é preciso analisar o conhecimento dos envolvidos na área e se o dinheiro está realmente sendo investido de forma correta, mas é uma boa sinalização.
Ao mesmo tempo, é preciso compreender que estar no Mapa do Turismo não significa que a cidade é turística. Como assim? É simples. O Mapa surgiu para basear programas de desenvolvimento para regiões turísticas e não apenas para municípios individualizados. Ou seja, um local pode não ser um destino, mas um fornecedor de alimentos, ou matéria-prima para artesanato e fazer parte do programa de regionalização. Não significa que, de repente, a praça ou o banho da sua cidade viraram atração turística nacional (ou pode ser também), mas que ela pode oferecer elementos necessários para alguma vizinha.
Os municípios são divididos em 5 categorias: A, B, C, D e E. A divisão é feita baseada apenas em 4 critérios: número de pessoas ocupadas no setor hoteleiro, número de estabelecimentos de hospedagem, fluxo de turismo doméstico e fluxo de turismo internacional.
Apenas Teresina está na categoria A. Parnaíba também está solitária na categoria B. Na C já estão Campo Maior, Picos, Floriano, Corrente, Luís Correia e Piripiri. As demais 69 se dividem entre D e E. Importante destacar entre estas duas últimas, cidades com atrativos turísticos de grande potencial do Piauí. Entre elas: Castelo do Piauí e Juazeiro (Canyon do Poti), Pedro II, Piracuruca (Sete Cidades), Cajueiro da Praia (Barra Grande), Esperantina (Cachoeira do Urubu), Cristino Castro (Poços Jorrantes), Coronel José Dias e São Raimundo Nonato (Serra da Capivara), Amarante e Oeiras (Centros Históricos) e Santa Cruz dos Milagres (Polo Religioso)