BRASÍLIA – A avaliação de que o governo do presidente Michel Temer é melhor do que a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff registrou queda de 11% para 8%, entre julho e setembro deste ano, mostra pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quinta-feira, 28. No dia 19 de setembro, pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT)/MDA revelou que a avaliação negativa do peemedebista alcançou 75,6%.

O presidente Michel Temer Foto: André Dusek/Estadão

A parcela da população que considera que o governo Temer é pior do que o da petista aumentou de 52% para 59% de uma edição da pesquisa para a outra. Para 31%, os dois governos são iguais, ante 35% no levantamento anterior. Outros 2% não sabem ou não responderam.

A atuação do governo Temer em relação aos impostos teve a pior desaprovação entre as nove áreas pesquisas, de acordo com a pesquisa. A desaprovação nessa área atingiu 90%, ante 87% no levantamento semelhante realizado em julho deste ano.

A segunda área com maior desaprovação é a taxa de juros, desaprovada por 87% dos entrevistados. O porcentual aumentou em relação a julho (84%), mesmo após o Banco Central anunciar, no início de setembro deste ano, oitavo corte consecutivo na taxa básica de juros da economia (Selic) para 8,25% ao ano, o menor nível para a Selic desde maior de 2013.

A terceira área mais desaprovada pelos entrevistados é a saúde, com 86% de desaprovação em setembro. Em seguida, aparecem as políticas do governo Temer para segurança pública e combate ao desemprego, desaprovadas por 85% dos entrevistados, cada uma. A atuação do governo para combater a fome, por sua vez, foi desaprovada por 85% da população.

Ainda de acordo com a pesquisa, a desaprovação das políticas de combate à inflação e a educação alcançaram 81% em setembro. As políticas do governo na área do meio ambiente tiveram a menor desaprovação em setembro, de 79%. Apesar de ser a menor, o resultado representou crescimento de nove pontos porcentuais ante julho e ocorreu em meio ao decreto presidencial extinguindo a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), que, após repercussão negativa, foi revogado.

A pesquisa foi realizada de 15  a 20 de setembro deste ano. O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios. A margem de erro estimada é de 2 pontos porcentuais para mais ou menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança utilizado é de 95%.

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FONTEEstado de São Paulo
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