No Dia Internacional da Mulher, a vice-governadora do Piauí Margarete Coelho (PP) defendeu sua permanência na chapa majoritária. Em entrevista ao Notícia da Manhã, ela defendeu também a participação de mais mulheres na política, rebatendo critérios de escolha dentro dos partidos, tal como, quanto mais partidos, mais fortalecida a chapa majoritária.

“No Brasil, ninguém vota em partido, vota em nome. Portanto, a política é subjetiva. Nós escolhemos a partir do nome que está sendo posto. Então, quando você faz uma espécie de loteamento da chapa entre os partidos da coalizão é uma grande injustiça que se vai cometer porque são mais de 10 partidos e não há 10 vagas na chapa majoritária. Você tem que escolher pessoas que representem todo esse conjunto que está na disputa e na sociedade que é feita de homens e mulheres. Uma chapa representativa tem que ser feita também de homens e mulheres”, argumentou Margarete Coelho que reforçou a permanência do PP na chapa majoritária.

“É uma luta individual porque sou eu quem está verbalizando, mas é uma luta do movimento das mulheres do Piauí. Todas nós estamos mobilizadas neste aspecto de mantermos espaços que nós já conquistamos. Não tenho direito de abrir mão desse espaço. Esse espaço não é meu, não é uma conquista pessoal… esse espaço é das mulheres e ele é do Progressistas. Vamos continuar atentas e fortes. Essa luta é mais importante que nunca”, acrescentou.

A vice-governadora do Piauí e primeira mulher a ocupar o cargo reforça que são necessários critérios justos de escolha na política fundamentados no diálogo com as outras siglas, com os movimentos organizados e sociedade civil organizada.

“Tem que se acabar com a história de que mulher não vota em mulher. É preciso estarmos muito atentas para não haver retrocesso. São espaços que conquistamos na rua, na luta, no voto a voto. Somos 52%…o Piauí é um dos estados com maiores percentuais de população feminina e esse mesmo percentual está refletindo nas filiadas a partir dos políticos e no eleitorado. Então, como pensar hoje em uma chapa sem mulheres? como pensar em tomar um espaço que foi conquistado e não dado?”, finalizou Margarete Coelho.

Graciane Sousa

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