Por Ananda Oliveira

Falta pouco mais de um ano para a eleição de 2018, que vai eleger os próximos governadores dos estados, deputados, senadores e presidente da República por quatro anos. É uma decisão que, conforme mostra a história recente do Brasil, tem sido negligenciada pela população e pelos próprios eleitos. A coisa anda de uma forma que não há certeza se os representantes, de fato, representam alguém. Quando se trata da grande maioria dos políticos esse é o sentimento geral da nação.

Tentando reverter esse cenário o que geralmente se vê é que com a aproximação de eleições aparecem certos tipos muito característicos que se autoproclamam salvadores da pátria. Em meio a pré-candidaturas de velhos conhecidos dos brasileiros, novos nomes despontam como promessa de um movimento de reação nacional.

Valéria Monteiro é uma dessas pessoas. A primeira mulher a ocupar a bancada do Jornal Nacional, em 1992, ela lançou a pré-candidatura na última quinta-feira (21). Em vídeo publicado no YouTube, Valéria fala de um sentimento de abandono das instituições e, ainda sem partido, promete lutar pelo Brasil.

“Se você como eu se sente abandonado por aqueles que deveriam nos proteger e representar, vem fazer ativismo político comigo. Sou pré-candidata à presidência, é, da República.  É sério”, declarou. Ela reconhece a dificuldade de levar adiante um projeto “sem dinheiro, sem padrinhos políticos”, mas pede a colaboração daqueles que coadunam com suas ideias.

Outro nome que foi cotado para disputa é o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa. Segundo reportado pelo Estadão em um primeiro momento o magistrado admitiu ter sido sondado por partidos, como é o caso do PSB e da Rede, de Marina Silva. Pouco tempo depois ele negou essa possibilidade. Ele deixou a presidência do STF em 2014.

Em maio, Joaquim Barbosa chegou a defender a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB), após divulgação de áudios do empresário Joesley Batista, da JBS, pela Polícia Federal. O conteúdo das gravações mostra o peemedebista sendo informador por Joesley do pagamento de propina a procurador.

Além desses, ainda podemos “escolher” entre nomes como Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSC), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Fernando Haddad (PT) e João Doria (PSDB).

Tudo isso pode ser colocado na conta da falta de confiança nas instituições e políticos, cada vez mais evidente no país. Um sentimento desesperançoso, de falta de opções é geral. Esse é um ambiente altamente propício para que novos nomes surjam. Resta saber se eles conseguirão chegar lá.

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FONTEPolítica Dinâmica
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