Em tempos de Reforma Administrativa na Máquina Estadual, um fato tem chamado a atenção na Área da Saúde, no estado do Piauí: o CAOS administrativo que se estabeleceu nos seis Hospitais administrados pela FEPISERH – Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (Hospital Getúlio Vargas, Hospital Infantil, Hospital Natan Portela, Hospital Regional de Picos, Hospital Regional de Piripiri e Hospital Regional de São Raimundo Nonato) e, em função disso, a recorrente discussão, no sentido de extinguir o referido órgão.

A reportagem fez um levantamento, junto ao Portal da Transparência e colheu informações na SESAPI, onde se detectou as principais distorções que ensejam a maioria dos problemas que estão ocorrendo nos Hospitais citados.

A raiz de todos os problemas, segundo o apurado, reside na GESTÃO FINANCEIRA implementada pela FEPISERH, a partir do seu advento. A centralização das Receitas desses seis hospitais, em uma única Unidade Gestora provocou uma enorme dificuldade para esses hospitais, que sem autonomia financeira, agonizam frente ao enorme atraso nos salários dos Colaboradores, bem como no pagamento de insumos e medicamentos.

Para exemplificar, fizemos um detalhamento financeiro do Hospital Regional Senador Cândido Ferraz, em São Raimundo Nonato, responsável por uma população de 200 mil habitantes, no Território Serra da Capivara e situado há mais de 500 quilômetros de distância da capital do estado.

A receita mensal do HRSCF – Hospital Regional Senador Cândido Ferraz  gira em torno de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais), sendo R$ 497.000,00 provenientes do Ministério da Saúde (Portaria ministerial), R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) também provenientes do Ministério da Saúde (Produção Hospitalar) e R$ 103.000,00 (Cento e tries mil reais) oriundos do Tesouro Estadual.

Segundo apurou a nossa reportagem junto a SESAPI, os valores relativos á PORTARIA MINISTERIAL e á PRODUÇÃO HOSPITALAR,     que totalizam quase R$ 700.000,00 (setecentos mil reais), (ou seja, 85% das receitas do Hospital) estão rigorosamente “EM DIA”. Já que são Recursos do Ministério da Saúde, repassados mensalmente á FEPISERH, até o dia 25 de cada mês. Ficando uma parcela menor, de R$ 100.000,00, que tem sofrido frequentes atrasos, pela total quebradeira do caixa estadual.

Exatamente aqui surge o questionamento: Qual a razão do atraso de salários, desde o mês de Janeiro e de Fornecedores, desde dezembro, se a FEPISERH recebeu recursos regularmente até o Mês de Fevereiro?

“Pelos corredores da SESAPI, surgem comentários tais como: “o dinheiro dos hospitais está sendo gasto com a altíssima folha de pagamento da sede da FEPISERH (que beira R$ 1.000.000,00) ou “estão tirando dinheiro do Hospital de São Raimundo e gastando em outros hospitais”. Informações estas, extra oficiais.

Veja documentos do Portal da Transparência e Portarias:

 

OUTRO LADO:

A reportagem entrou em contato com a Fundação através da sua assessoria, mas até a presente data não recebeu retorno. A redação se coloca a disposição para quaisquer esclarecimentos e deixa o espaço aberto para suas colocações para o bem do jornalismo que busca a veracidade dos fatos para levar informações ao leitor.

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FONTEDa Redação
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