O ex-senador e ex-governador Freitas Neto disse que coloca seu nome à disposição para uma possível candidatura ao governo do Estado, em 2018. Mas ressalta que não quer ser candidato de si mesmo, sequer de um partido isoladamente. Aceitar disputar o governo desde que dentro de um movimento que busque novos caminhos para o Estado.

Em entrevista ao Acorda Piauí, hoje cedo na Rádio Cidade Verde, Freitas advertiu para a realidade do Estado, onde a querelas políticas vêm se sobrepondo às discussões da gestão pública. Ele diz que, “se for verdade o que a gente ouve” sobre a realidade financeira do Piauí, o governo vive uma situação crítica.

Freitas Neto entende que, se os dados estiverem corretos, o Piauí vai “no rumo de transformar em um novo Rio de Janeiro”, onde o governo simplesmente quebrou. O ex-senador faz elogios pessoais ao governador Wellington Dias (PT), mas acredita que a política está dominando a gestão.

O ex-governador defende a formação de um movimento que direciona o Piauí para um novo rumo. E coloca o seu nome à disposição. Também lança um atrativo: se for candidato, seria para um único mandato, sem possibilidade de pleitear a reeleição.

Freitas Neto foi questionado sobre o apoio que estaria recebendo do PSDB (partido ao qual é filiado) nesse pleito. “Não tenho conversado com o PSDB”, disse, reafirmando a necessidade de um movimento na oposição. Reconheceu que não há nesse momento esse movimento, mas acredita que poderá surgir naturalmente. Quanto ao PSDB, reconhece que o partido precisa decidir para onde vai, já que se mantém “em cima do muro”, um problema histórico dos tucanos.

Desgaste da classe política

Freitas Neto também falou sobre o desgaste da classe política e da crise institucional gerada pela decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato. Ele vê essa crise mais como reflexo do “espírito de corpo” dos senadores, preocupados na auto-proteção. E critica a omissão do Congresso em legislar e à Judicialização da política, o que obriga o Supremo a decidir temas que poderiam ser resolvidos pelos congressistas.

Freitas diz que o Congresso deixou, mais uma vez, de fazer a reforma que precisava. Com isso, continua a vigorar o sistema que encarece as campanhas e facilita as práticas de corrupção.

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