Tribunais de Contas dos Estados criaram uma rede de inteligência para interligar ações contra a corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com estimativa da Organização Mundial das Nações Unidas, o Brasil perde em média R$ 200 bilhões por ano com esquemas  de corrupção em todas as esferas do poder público.

Em Teresina, o coordenador da rede Infocontas, Márcio Batista Marinot,  disse que o crime está cada vez mais organizado. Por outro lado,  as instituições de controle ainda estão se estruturando. 

“Essa rede nacional de controle externo é uma ferramenta que congrega os 34 Tribunais de Contas Brasileiros na missão de coibir desvios na administração pública. Dentro desse contexto de corrupção no país é necessário que também possamos agir de forma coordenada, somando esforços”, disse Márcio Batista, do Tribunal de Contas do Espírito Santo. 

Em entrevista ao Notícia da Manhã, ele disse que a sociedade ainda não participa de forma efetiva e que a mesma deve exigir das instituições de controle maior empenho no processo de combate de desvio de verbas públicas.

“Todos nós cidadãos temos condições de denunciar aos órgãos de controle irregularidades ou ilegalidades que tenhamos conhecimento. Os órgãos de controle, pela legislação vigente, são obrigados a  atuar no sentido de averiguar. Nenhuma organização isolada tem força para combater a estrutura organizada que assola o país. É uma necessidade premente que a gente fortaleça as instituições públicas. Essa é a única forma de coibir a ação coordenada do crime crime organizado e isso se faz de várias formas: uma delas é através da rede”, finaliza o coordenador da Infocontas. 

A rede permite que os Tribunais de Contas ajam utilizando metodologias e técnicas de inteligência para trazer maior efetividade no trabalho de fiscalização.

Deixe seu comentário
COMPARTILHAR