Por Apoliana Oliveira
O senador Ciro Nogueira, candidato a reeleição no Senado Federal pelo Progressistas, foi o entrevistado deste sábado (1º/09) no Estúdio180, na série com os nomes que disputam vagas majoritárias no Piauí. Convicto, o senador se coloca como o homem mais importante para o Piauí em Brasília, diz acreditar que vencerá a eleição em primeiro lugar e, sobre política, diz que lutará até o fim pela candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nestas eleições.
Já no início da conversa, quando questionado dos motivos que o fazem concorrer a mais oito anos de mandato, Ciro Nogueira responde que “até o mais ferrenho adversário que eu possa ter” sabe que ele trouxe “resultados à população”. O senador denota seu prestígio como presidente do Progressistas, e avalia que tem cumprido seu papel como parlamentar.
“Nunca na história deste estado alguém trouxe tantos recursos para investimentos”, diz.
Destacando que trouxe “recursos para os 224 municípios do Piauí”, Ciro atribui a isso o apoio de “praticamente todos os prefeitos” que “estão reconhecendo o nosso trabalho.
Na capital, o senador destaca sua parceria com o prefeito Firmino Filho, a quem classifica como seu principal apoiador em Teresina por “gratidão ao meu trabalho”. Os dois, diz Ciro, têm uma parceria “a médio e longo prazo”. Cita seu empenho em projetos como o Lagoas do Norte, e destaca obras como a Ponte Anselmo Dias, além de outras obras de mobilidade.
“Meu desafio é as pessoas saberem o que eu fiz”, diz o candidato que ainda reconhece ter sido um erro não começar mais cedo o trabalho de divulgação das suas ações. “Tenho que estar trabalhando em Brasília. Acho que é muito mais importante eu chegar no município com infraestrutura, melhoria na saúde, do que às vezes estar no festejo ou no batizado”.
CANDIDATO RICO
Dono de uma fortuna e grandes empresas, Ciro é de forma recorrente atacado por seu poder aquisitivo. E reclama de quando foi destacada a sua evolução patrimonial desde as eleições passadas – valor de cresceu mais de 1000%. Para o senador, destacar a questão foi “maldade”.
“Outro dia vi uma maldade, uma das coisas que mais me machucou, sobre a minha evolução patrimonial. Oh meu Deus, como eu gostaria de não ter tido essa evolução. Tive porque herdei do meu pai, meu pai faleceu, e eu como meus irmãos recebi herança”, explica o senador, lembrando que o pai foi um empresário de grande sucesso.
Como empresário, Ciro lembra que é um dos grandes geradores de emprego do estado. “Minhas empresas não têm a menor vinculação com nada público. Não tenho construtora que trabalha para órgão público”, diz.
APOIO AO EX-PRESIDENTE LULA
Como presidente do Progressistas, Ciro volta a dizer que o apoio do seu partido a Geraldo Alckmin se deu por uma maioria dos diretórios no país, mas que seu desejo sempre foi apoiar Lula, “por tudo que este presidente já fez pelo Piauí”. Quanto ao impedimento declarado pelo Tribunal Superior Eleitoral, barrando a candidatura do petista, ele diz que a chance do ex-presidente é no Supremo Tribunal Federal “pelo perfil dos ministros”.
O AUGE PARA CIRO NOGUEIRA
Indagado sobre as suas metas na carreira política, Ciro diz que está vivendo o seu melhor momento em Brasília, avaliando que para o Piauí é mais importante sua atuação no Congresso. “Fui muito cobrado para ser candidato ao governo”, diz. Aposta que no próximo ano o Progressistas será o maior partido do país, e quer tirar proveito disto a favor do Piauí.
“Se eu disser para você que eu não tenho o sonho de governar o meu estado, eu estaria mentindo”, destaca.
PRESIDENTE DO RIVER
Mas deixando espaço para pensar no futuro, Ciro admite a intenção de colocar seu nome para disputa ao governo. “Duas coisas na minha vida eu tenho certeza, que um dia quero ser governador do Piauí, que eu vou me colocar, e que vou terminar a minha carreira como presidente do River”.
Mas antes, diz o senador, é preciso achar um substituto. “Vai chegar o tempo de passar o bastão para outra pessoa, que ainda não apareceu”.
“PIOR TIPO DE OPOSIÇÃO”
Como aliado do governador Wellington Dias, Ciro Nogueira reclamou do trabalho de parte da oposição que, segundo ele, “lutou para que o Piauí não recebesse empréstimo e não acontecessem investimentos no estado”. Classifica como “o pior tipo de oposição” que torce “para que o colapso aconteça no estado para que ele seja reconhecido e seja eleito”.
