Arquivo de 2017 no Palácio de Karnak. Créditos: Assis Fernandes.

O discurso oficial da classe política informa que as tratativas para as eleições de 2022 serão realizadas só ano que vem. Nos bastidores, elas já são intensas e partidos fazem ameaças de rompimento, apresentam reivindicações e traçam estratégias para alcançarem o maior espaço possível.

Na base governista, o PT já entende como certo Rafael Fonteles disputar o Palácio de Karnak e Wellington Dias concorrer ao Senado da República.  O MDB, em reunião na manhã de segunda-feira (7), definiu que o partido vai buscar a vaga de vice na chapa majoritária governista e o nome apresentado pela sigla é de Themistocles Filho. Em 2018, o partido já tinha apresentado essa mesma reivindicação, mas a sigla foi contemplada com Marcelo Castro concorrendo ao Senado. Themistocles ficou insatisfeito, mas não rompeu. É provável que o governo não queira o preterir novamente.

Vendo as demais siglas articularem apoio, o PSD não quis ficar para trás e na noite da mesma segunda-feira (8), o presidente regional do partido Júlio César e seu filho, o deputado estadual Georgiano Neto, se reuniram com Rafael Fonteles (PT) e apresentaram os pedidos do partido: a sigla quer espaço na chapa majoritária e o nome é de Júlio César. Essa mesma articulação ocorreu em 2018, mas o partido foi preterido. Agora, não querem passar pela mesma derrota.

Na prática, são quatro nomes: Rafael Fonteles, Wellington Dias, Themístocles Filho e Júlio Cesar; mas só há três espaços. A decisão certamente será de Wellington Dias, que não abrirá mão de lançar o PT ao governo, portanto, terá que abrir mão de um projeto político pessoal, ou escolher quem vai desagradar: se Themístocles ou Júlio César.

Créditos: ASCOM
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FONTEPortal O Dia
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