Foto: Ascom/FMS.

O Piauí já registra um aumento de mais de 600% no número de casos de dengue em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do boletim referente a 15° Semana Epidemiológica divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Já em relação a Chikungunya o crescimento é de 4.179,3%.

O estado enfrenta uma explosão de casos da doença. Atualmente existem dois casos de morte por dengue confirmados, enquanto outros quatro ainda estão sob suspeita, e aguardam exames médicos para confirmação.

De acordo com o boletim, já foram registrados 4.617 casos prováveis de dengue em 150 municípios no ano de 2022. Em 2021, no mesmo período, foram registrados 650 casos em 56 municípios. Um aumento de 610,3%. Já em relação aos casos confirmados, já são 2.511, enquanto no ano passado, no mesmo período, eram 515.

Os municípios que apresentam a maior incidência de casos, em relação a quantidade de habitantes são: Simplício Mendes; Patos do Piauí; Novo Santo Antônio; São Pedro do Piauí e Santa Filomena.

Já os municípios que possuem a maior quantidade de casos são: Teresina (568), Simplício Mendes (291), São Pedro do Piauí (256), Campo Maior (238) e Curimatá (170).

“Nós estamos registrando a cada semana um aumento de número de casos de dengue, o que demonstra a necessidade de termos mais empenho na prevenção de novos casos. Nossas equipes estão mantendo contato com os municípios e traçando estratégias para buscar a redução de casos, mas é necessário um apoio da população para que nosso trabalho seja ainda mais efetivo”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Neris Júnior.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Entre as estratégias para matar o mosquito, a Sesapi tem feito uso do carro “fumacê”, que dispersa um inseticida pelo ar, mas segundo Ocimar Alencar, supervisor de entomologia da Sesapi, o ideal é que a população não deixe que o mosquito se prolifere, já que 80% dos criadouros estão localizados em residências, em ambientes com água parada.

“Identificamos que mais de 80% dos criadouros dos mosquitos estão localizados em ambientes domiciliares. Precisamos que a população nos ajude, fazendo essa vistoria em casa e evitando que aquele local proporcione algum ambiente favorável para o mosquito colocar seus ovos. Reduzindo a população do vetor da doença, consequentemente teremos uma melhor resposta para a redução de casos”, destacou o supervisor de entomologia da Sesapi.

Sintomas da dengue

De acordo com o Ministério da Saúde, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como combater a dengue

  • não deixe água acumulada sobre a laje;
  • jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc;
  • guardar garrafas, para retorno ou reciclagem, emborcadas e em local em que não acumulem água;
  • colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada;
  • não jogar lixo em terrenos baldios;
  • manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana;
  • manter a caixa d’água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito;
  • manter bem tampados tonéis e barris d’água;
  • encher de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta ou lavá-los com escova, água e sabão semanalmente;
  • lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenar água;
  • remover folhas e galhos e tudo o que possa impedir a passagem da água pelas calhas;
  • se você tiver vasos de plantas aquáticas, trocar a água e lavar o vaso, principalmente por dentro, com escova, água e sabão, pelo menos, uma vez por semana;
  • lavar semanalmente, principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios utilizados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes etc.
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FONTEBárbara Rodrigues.
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