Passada a fase que definiu as candidaturas majoritárias que disputam as eleições deste ano, começa o esforço de cada concorrente visando passar uma ideia de viabilidade eleitoral. É quando ganham importância não apenas as pesquisas de opinião como o anúncio de adesões. Até agora, Wellington Dias (PT), candidato a um quarto mandato de governador, tem o trunfo das pesquisas. Mas a oposição é quem vai transformando adesões em motor da campanha.

 O fato que alavancou a série de adesões aos oposicionistas foi a definição da chapa de Wellington: ao optar pela chapa pura – governador e vice, ambos do PT – gerou descontentamento enorme no MDB. Também gerou descontentamento dentro do Progressista, além de empurrar PRB e PTC oficialmente para a oposição. Desde lá, Luciano Nunes (PSDB) anunciou o apoio de diversas lideranças do MDB e PP. E Dr. Pessoa (Solidariedade) anuncia um “ato de adesão” para a próxima quinta-feira, o primeiro dia de campanha. Wellington não quer ficar atrás e anunciou o apoio recebido de Robert Freitas (PSB), ex-prefeito de José de Freitas.

O anúncio de Wellington é uma tentativa de anular a sensação de que tem perdido apoios importantes. Quer, dessa formar, manter a percepção de que está prestes a conquistar mais um mandato. Isso se faz relevante porque as desavenças geradas pela formação de chapa pura quebraram muito tal percepção.

Por outro lado, os adversários de Wellington tentam dar asas à sensação de que pode haver mudança. Para tanto, reforçam o discurso de crítica ao governo, apontando o que qualificam de “falência da administração” estadual. E se esforçam no anúncio de apoios alheios à própria aliança. Tudo para passar a ideia de que está no páreo, que pode vencer.

Como se sabe, o eleitor (nem ninguém) fica confortável em um lado sem perspectivas.

À espera da primeira pesquisa

As coligações definem o cenário político das campanhas. Mas o que está sendo aguardado mesmo é a primeira pesquisa que possa tatear a configuração popular dessas candidaturas. Ou dito melhor: quem está caindo nas graças ou desgraças do eleitorado.

Desde o encerramento das convenções, nenhuma sondagem foi divulgada. A partir de agora, as pesquisas serão feitas em cima das candidaturas postas. Sai de cena a especulação, com avaliação do cenário definitivo. Daí, o que aparecer agora vai identificar movimentos, especialmente as tendências impulsionadas pelo sentimento do eleitor.

Os números vão dizer se uma candidatura avança ou não. Revelam se um candidato caiu ou não no gosto do eleitor.

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FONTEFenelon Rocha - Cidade Verde
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