Secretário Hélio Isaías: cobrança de atenção prioritária em Brasília aos projetos hídricos do Piauí

O secretário de Defesa Civil do Estado, deputado Hélio Isaías (PP), reclamou da falta de uma política hídrica “mais forte” que enfrente de uma vez por todas os problemas em momentos críticos como o da estiagem que já afeta o Piauí pelo quinto ano seguido. As reclamações de Hélio tiveram um endereço específico: ele acha que o governo federal não prioriza as ações para efetivo enfrentamento à seca.

Em entrevista ao Acorda Piauí, hoje cedo na Rádio Cidade Verde, o secretário disse que as ações do Governo do Estado, neste momento, se dividem em duas frente.  A primeira, a emergencial, onde a falta de água atinge áreas urbanas até mesmo em regiões que antes não sentiam os efeitos da seca. Uma dessas localidades é Pedro II, onde o Açude Joana esgotou a capacidade de atendimento, já que está praticamente seco.

“A situação é dramática”, afirma Hélio Isaias, lembrando que a falta de água chegou a níveis críticos em diversas outras localidades, como São Raimundo Nonato, Pio IX e mesmo em cidades da região Valenciana. A saída imediata é implantar ações emergenciais, incluindo a perfuração de poços e o uso de carros pipa.

A outra ação é no sentido de adotar medidas definitivas. Em alguns casos, a solução permanente está à mão, mas era negligenciada. Cita o caso de Curimatá, onde a barragem Vereda da Luz secou. Ocorre que a barragem Algodões, que tem água acumulada, está a pouca distância: uma adutora de apenas 26 km resolve em definitivo o problema.

Hélio Isaías diz que diversas barragens poderiam ser melhor usadas. Cita os casos de Salinas (na região de Oeiras), Marruas (região de Picos) e até Pedro II, que poderia se valer de água represetada no município de Piripiri. Ele defende a interligação de barragens como uma saída de longo prazo.

É aí quando o secretário de Defesa Civil reclama do Governo Federal, que não prioriza os projetos de enfrentamento permanente aos efeitos da seca. Cita o caso da adutora que poderia resolver o suprimento de água em São Raimundo Nonanto. O projeto da adutora está no Ministério da Integração Nacional desde 2015, com aval técnico favorável. Mas não se dá um passo para transformá-lo em realidade.

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