A vice-governadora Margarete Coelho (PP) falou sobre vídeo que tem circulado nas redes sociais, em que ela faz discurso em defesa das mulheres. Ele diz que a fala, que foi considerada  dura, reflete o momento vivido pelas mulheres e diz não ser possível definir a composição da chapa majoritária “na calada da noite”.

Margarete afirma que não se referia apenas à possibilidade de ser retirada da chapa majoritária do governador Wellington Dias (PT), mas a todas as formas de violência contra a mulher.

“Incluo tudo. Toda a realidade da mulher. É uma realidade política da mulher. É muito difícil mulheres em chapas. Basta vermos a quantidade de candidaturas fictícias que existem. A Justiça Eleitoral punindo os responsáveis. Falava dessa realidade que as mulheres vivem no Brasil e no Piauí”, declarou.

Margarete evitou polemizar com o presidente estadual do MDB, deputado Marcelo Castro, que negou que o partido esteja agindo com machismo ou sexismo. “Mantenho meu ponto de vista de que realmente a vida para as mulheres na política é muito difícil. Hoje é impossível se falar de chapas sem a presença de mulheres. Se isso  não é tratar de política de que temas elas poderão enfrentar na política. Se não pudermos enfrentar nem o fato de um espaço necessário para a maioria das eleitoras do país. Se não pudermos reivindicar vagas, porque isso não seria coisa de política, então não sei o que seria”, afirmou.

Para a vice-governadora, o governador não pode tomar a decisão sozinho. “Acho que a responsabilidade é de todos que estão no arco das alianças. Ninguém define uma chapa em um aliança com vários partidos sozinho. Essa não é a característica do Wellington Dias. Ele é reconhecido como uma pessoa de muito diálogo, muita conversa. Não se pode discutir chapa na calada da noite. Ele não define dentro de gabinetes”, declarou.

Lídia Brito

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