O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lança nessa quinta-feira sua pré-candidatura à Presidência da República durante convenção nacional dos Democratas, em Brasília. A ideia central é se apresentar como uma opção híbrida de centro: na economia estará ligada a preceitos liberais, de enxugamento do Estado e reduzido intervencionismo econômico, mas com forte destaque para o lado social, com frases de apelo aos mais pobres, típicas da esquerda.

Em conversa, Maia avaliou que o Brasil vive o fim de um ciclo político, que se iniciou em 1985, com a redemocratização. E alfinetou Temer sobre a hipótese de ele tentar uma reeleição ao Palácio do Planalto.

— A Nova República está acabando agora, e o que a gente quer representar é esse novo momento. O governo sempre falou que era de transição. Não era isso que estava escrito lá [no documento Ponte para o Futuro]? Eles não iam fazer a ponte, que o Fernando Henrique chamou de pinguela? Está cumprindo essa missão. Agora, a nossa geração, que nunca governou o Brasil, quer ter a oportunidade de compreender esse momento, projetar o futuro e construir o novo ciclo da política brasileira — diz Maia.

Embora admita que que só oficializará sua corrida ao Planalto caso consiga se viabilizar eleitoralmente até junho deste ano, ele evita estabelecer qual seria o piso nas pesquisas de intenções de voto para se considerar apto à disputa.

— Não tem um percentual. A viabilidade é você gerar a percepção para as pessoas que você construiu um projeto correto para enfrentar as eleições — afirmou.

“Nova política”

Maia terá um longo caminho pela frente, pois soma hoje apenas 1% das intenções de votos. Ele defenderá que o seu projeto representa “um novo momento na política brasileira”.

— Neste cenário que está a política brasileira, tem que falar mais da compreensão dos partidos e da sociedade, que aqui somos um campo que quer representar a nova política. E acho que temos uma possibilidade — diz.

O presidente da Câmara coloca seu nome na disputa em um momento em que Temer flerta com a ideia de disputar a reeleição, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tenta colocar em pé sua candidatura.

Fonte: O Globo

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