Decisão do Ministério Público gera revolta entre empreendedores e artistas em São Raimundo Nonato
A recente recomendação do Ministério Público, assinada pela promotora de Justiça Gabriela Almeida de Santana, titular da 2ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato, provocou uma onda de indignação entre empresários, artistas e trabalhadores do setor de eventos no território da Serra da Capivara. O documento, acordado com prefeitos da região, estabelece a suspensão da realização de eventos festivos pelos próximos 180 dias.
A medida, que visa conter possíveis irregularidades no uso de recursos públicos, acabou gerando fortes impactos econômicos. Pequenos e grandes empreendedores relatam prejuízos incalculáveis, principalmente em um período historicamente aquecido pelo calendário de festas juninas e comemorações tradicionais da região.
A rede hoteleira já sente os efeitos: demissões em massa foram confirmadas. Lojas de vestuário encerraram as atividades e comerciantes locais falam em “quebra generalizada”. “Essa decisão atingiu em cheio o nosso comércio. Muitos estavam se preparando para o São João, já tinham feito investimentos”, desabafa um lojista do centro da cidade.
Os artistas e músicos, como de costume, figuram entre os mais afetados. “Já não basta o prejuízo da pandemia que até hoje estamos pagando. Agora, estamos enfrentando uma nova ‘pandemia’, provocada por essa decisão da Dra. Gabriela”, lamentou um músico local.
Entre os eventos já impactados estão o tradicional aniversário de São Raimundo Nonato e o grande festejo de agosto, ambos cancelados até o momento. A recomendação também deve afetar as festividades de São João, deixando um vazio cultural e econômico no calendário regional.
Diante da repercussão negativa, comerciantes e artistas locais cobram diálogo, sensibilidade e alternativas que garantam a fiscalização dos recursos públicos sem paralisar completamente a atividade econômica e cultural da região.
