Em Brasília, parlamentares buscam solução para a crise financeira do Hospital São Marcos

Deputados federais e senadores piauienses se reuniram na tarde desta quinta-feira (24), em Brasília, com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, para tratar sobre a crise do Hospital São Marcos, que passa por dificuldades financeiras e precisou suspender o atendimento de pacientes com câncer por falta de insumos. Durante o encontro, ficou acertado que a equipe do Ministério da Saúde estará em Teresina nos primeiros dias da próxima semana para analisar a situação financeira do São Marcos e avaliar como o Ministério vai atuar para ajudar o São Marcos e garantir o retorno do atendimento aos pacientes oncológicos.

Participaram do encontro os deputados Merlong Solano, Francisco Costa, Júlio César e Florentino Neto e os senadores Marcelo Castro e Jussara Lima. O deputado federal Merlong Solano (PT), líder da bancada piauiense no Congresso Nacional, destacou que o São Marcos não pode parar de funcionar por falta de recursos financeiros e reforçou a necessidade de reunir representantes do hospital, da Prefeitura de Teresina, do Estado e do Ministério da Saúde para discutir o papel de cada um no financiamento, quem está deixando de fazer o quê e como agir para resolver de forma rápida e definitiva o problema da falta de recursos do hospital.
“O São Marcos é um hospital de referência para o Piauí e o Maranhão, e não pode parar de atender. Quantas pessoas estão sendo prejudicadas hoje por conta dessa crise financeira que vem se arrastando ao longo dos anos? Não dá. Tivemos um importante diálogo com o Ministério da Saúde e saímos daqui com a esperança de que até a próxima semana teremos uma solução para esse impasse”, disse Merlong Solano.
Atendimentos suspensos
O Hospital São Marcos alega atraso de 19 meses nos repasses contratuais da Prefeitura Municipal e informa que, na gestão anterior, a PMT deixou de repassar cerca R$ 3,8 milhões em emendas parlamentares. A instituição, que atende majoritariamente pacientes do SUS, informou que chegou ao limite operacional e se viu forçada a interromper parte dos atendimentos oncológicos por falta de medicamentos, comprometendo o tratamento e colocando em risco a vida de mais de 1.000 pacientes. “É uma situação inadmissível, deixar tantos pacientes sem tratamento. A nossa bancada está atuante para solucionar esse problema o mais rápido possível, inclusive buscando resolver o problema da defasagem da tabela do SUS, para dar mais capacidade de atendimento ao hospital”, frisou o deputado.