A Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) vai analisar 180 amostras de pacientes do Piauí para tentar identificar variantes do coronavírus que poderiam estar circulando no estado.
No Piauí, já foram identificadas as cepas P1, P2 e N9, confirmadas pelo Laboratório Central da Bahia.
A diretora do Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (LACEN), Walterlene Carvalho, informou que serão encaminhadas as amostras piauienses para a Fiocruz do Rio de Janeiro e de Pernambuco.
A Fiocruz vai fazer o mapeamento genômico do vírus em um novo método adotado pela Fundação.
Ao Lacen do Piauí foi solicitado que enviasse amostras no período de março a julho deste ano.
“A Fiocruz adotou novo critério e vamos encaminhar amostras de pacientes que testaram positivo para a Covid com CT abaixo de 25, além de outros critérios”, disse Walterlene Carvalho.
Outra solicitação da Fundação é que incluísse nas amostras casos de pacientes que eram jovens, sem comorbidades e morrerem por covid.
“Outros situação é de pessoas que tomaram as duas doses da vacina e chegaram a quadro grave ou de óbito devem ser analisadas”, disse a diretora do Lacen.
Mais de mil variantes já foram detectadas no mundo, mais de 90 circulam no Brasil.
Laboratórios de todo o mundo focam na identificação das mutações para evitar uma nova onda de transmissão no País.
As variantes identificadas no Brasil são potentes e poder de transmissão maior.
Uma das preocupações é a variante Delta, da Índia, que foi confirmada em estados do País, o mais recente foi São Paulo.
Inda de um técnico do Piauí
No mapeamento dos 100 casos do Piauí, a Fiocruz vai treinar um técnico do Lacen para que traga toda a expertise para o estado. Ele será treinado para que o sequenciamento genético seja feito no laboratório piauiense.
O estado fez parceria com a Bahia para a identificação de cepas e foram encaminhadas 44 amostras. Foi essa análise que identificou as três cepas no estado.
Com o trabalho da Fiocruz, o estado poderá saber além da cepa circulante, quais as cidades e todo o perfil do paciente.