“Há uma semana, se você me perguntasse se eu queria ser candidato a governador, eu diria que a possibilidade era de 0,1 ou 0,5 [por cento]. Agora, hoje, já podemos dizer que essa vontade já passou dos dois dígitos”. O prefeito Firmino Filho está mais do que convencido que houve manobra entre o PMDB e o PT para desmoralizá-lo no cenário político piauiense. E a reação do tucano foi se inserir definitivamente no tabuleiro das eleições de 2018.
Acreditando que a motivação para que o presidente da Alepi Themístocles Filho interferisse na eleição da nova mesa diretora da Câmara é estritamente eleitoral e alinhada com os interesses de reeleição do governador Wellington Dias (PT), o tucano avalia a possibilidade de entrar na campanha majoritária de 2018. E, assim, dar o troco tirando a dupla de dentro do Karnak. “Essa busca de nos encurralar provoca uma vontade de reação no mesmo sentido”, comenta.
O prefeito acredita que vários dos vereadores que participaram da reeleição de Jeová Alencar não o fizeram considerando todo o cenário político. “A grande maioria votou de maneira inocente, sem perceber esta grande armação que estava sendo montada. A Câmara foi envolvida numa trama maquiavélica para tentar nos guilhotinar. Vamos refletir bastante”, ponderou.
ROMPIMENTO
Firmino ressaltou que o PSDB sempre teve uma postura respeitosa com o PMDB, tanto quando os caminhos eleitorais os unia quanto na oportunidade de serem adversários. “Quando a gente se enfrentou, foi de forma absolutamente leal. O que me espanta nessa atitude junto a Câmara Municipal foi a intervenção decisiva e intensa do PMDB, quebrando um relacionamento de lealdade entre PSDB e PMDB que foi construída na última eleição”, disse o prefeito.
Para Firmino, não há mais a menor possibilidade de reconciliação política entre sua administração e o PMDB de Themístocles Filho. “Foi um desrespeito. Eu diria que foi uma atitude até covarde. É inaceitável!”, frisou ao comentar as manobras do presidente da Alepi dentro da CMT durante sua ausência de Teresina.
O prefeito revelou ter conversado com outros integrantes do PMDB, dentre eles, deputados, e que vários deles se manifestaram discordando dos métodos de Themístocles. “Os velhos métodos”, fez questão de ressaltar. E continuou dizendo que a independência e a autonomia da Câmara foram quebradas pela intervenção poderosa do PMDB.
Firmino revelou que também esteve com o seu vice, professor Luiz Júnior, que é do PMDB. Contra ele, não pesam suspeitas nem acusações. “Nosso Luiz Júnior não se envolveu nessa trama que foi ardida na calada da noite.