Os biomédicos estão à frente de uma das principais etapas no combate à pandemia do novo coronavírus: os testes de diagnóstico. Eles são fundamentais para compreender e controlar o ciclo de transmissão do SARS-COV-2, que se caracteriza por um alto nível de contaminação.
Samuel Paes Landim é um dos profissionais biomédicos do Hospital Regional Senador José Cândido Ferraz de São Raimundo Nonato, integrante da “Liga da Justiça” da vida real, que tem se destacado cada vez mais por ter a capacidade de estudar e conhecer a fundo cada paciente do Território Serra da Capivara.
No Hospital Regional, Samuel realiza os testes laboratoriais disponíveis no Brasil, realizados em fases diferentes da infecção. Confira.
RT-PCR
O RT-PCR é realizado nos primeiros setes dias dos sintomas da Covid-19. São coletadas amostras do trato respiratório, como swabs nasais e de orofaringe, escarro e lavado bronco alveolar. Com técnicas de biologia molecular, o material genético é separado e ampliado, o que permite a busca pela presença de genes do SARS-COV-2. .Após os sete dias, a carga viral tende a diminuir e o material genético do vírus pode não ser mais detectado.
Por serem mais caros e demandarem mais tecnologia, os testes de RT-PCR estão sendo utilizados preferencialmente em pacientes graves, hospitalizados ou com critérios clinicos/radiológicos de internação, para definir um possível isolamento do paciente. O RT-PCR tem alto grau de precisão.
Teste rápido – Teste imunológico
O teste de detecção de anticorpos é recomendado para ser realizado em pacientes que apresentam os sintomas da infecção a mais de setes dias. São feitos a partir de secreções nasais ou da garganta e também do sangue. Este teste mede a quantidade de dois anticorpos (IgG e IgM), que o organismo produz quando entra em contato com um vírus.
Apesar da agilidade no resultado (o diagnóstico pode vir em minutos), o teste imunológico não é 100% confiável. Para o resultado ser positivo para a Covid-19, os dois anticorpos precisam ser detectados em uma quantidade mínima. Porém, o IgM e o IgG aparecem em momentos distintos do ciclo da infecção – o primeiro, no pico; o segundo, ao final. Assim, pode ocorrer que, no momento do exame, apenas um seja detectado.
Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda fazer os testes apenas em casos graves de pessoas com suspeita de coronavírus e em profissionais de saúde e segurança com sintomas respiratórios.