Um foco de incêndio que atingiu a Zona de Amortecimento do Parque Nacional Serra da Capivara, ocorrido na tarde do último sábado (21), causou prejuízos irreparáveis a um dos cartões postais visitados por turistas, Baixão do Canoas que é composto por vales e grandes rochas que emolduram a caatinga onde é possível avistar o voo das andorinhas por um cânion de 90 metros de profundidade.

Crédito da imagem: Joaquim Neto

Na faixa de seis a 15 centímetros de solo toda a microfauna é destruída. O nitrogênio que enriquece o solo acaba sendo volatilizado (torna-se gás) e deixa o solo. Isso prejudica a ciclagem de nutrientes o que acarreta o impacto à fauna e à flora, incluindo repteis, como cobras e lagartos, além de mamíferos como tatu, além de aves e microfauna, incluindo insetos e microrganismos do solo.

Crédito da imagem: Joaquim Neto

Outro efeito dessa sequência de incêndios e que é pouco lembrado diz respeito à polinização. O fogo pode trazer graves consequências para a polinização, que é a base da frutificação, um dos ciclos mais importantes do ecossistema. Não existem frutas sem as flores, que dependem da ação dos insetos. O fogo prejudica toda essa cadeia.

Crédito da imagem: Joaquim Neto

Para o biólogo e secretário municipal do Meio Ambiente, André Landim, a chave para evitar os incêndios é a conscientização nas escolas e comunidades limítrofes ao parque.

Além da prevenção, munícipes podem contribuir no combate aos incêndios. Para ser um brigadista, é preciso que passar por um treinamento junto à Unidade de Conservação. Qualquer apoio nesses momentos é muito importante, seja ligando imediatamente para os órgãos responsáveis quando avistar um início de incêndio ou até mesmo levando água ou comida aos combatentes que estiverem em campo.

Crédito da imagem: Joaquim Neto

Na tarde desta terça-feira (24), a equipe da Força Tática do Maranhão sobrevoo fazendo o monitoramento aéreo e informou que não foi observado mais foco de incêndio, nem mesmo fumaça. Passamos do sinal vermelho para o amarelo, afirmou o Tenente William da Operação Aérea da Policia Militar do Piauí. Ainda não há estimativa para o tamanho das áreas atingidas, uma vez que a prioridade é cessar totalmente os focos.

OS BRIGADISTAS CONTINUAM FAZENDO O TRABALHO DE RESCALDO NA ÁREA.

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FONTELarissa Reis - ASCOM
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