A Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa do Estado aprovou o relatório da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2020. A reunião foi marcada por um grande bate-boca entre os deputados João Madison (MDB) e Franzé Silva ( PT).

A grande polêmica foi a emenda do deputado Nerinho. De acordo com a proposta, eventos com menos de cinco anos nos municípios do Piauí só poderão contratar artistas e empresas para instalar estrutura de shows e eventos se forem locais.

A emenda foi acatada pelo relator Franzé Silva e causou a reação de João Madison. O parlamentar, que defende as causas do agronegócio, afirma que alguns eventos no interior do Piauí, como nas cidades de Corrente e Piripiri, serão prejudicados.

João Madison chamou Franzé de demagogo e uma grande discussão foi instalada. O emedebista afirma que vai recorrer à Justiça para provar a inconstitucionalidade do projeto.

Apenas eventos com mais de cinco anos poderão contratar artistas e empresas nacionais. João Madison queria uma paridade: 50% para contratação de empresas e artistas locais e 50% para nacionais. “Isso é demagogia. Não é defesa do Piauí. Como o Tribunal de Contas vai aprovar uma licitação que impede a concorrência de empresas nacionais? E se essas empresas de fora apresentarem o menor preço, como fazer?”, disse.

Franzé reagiu e disse que defende os interesses do Piauí e não interesses pessoais. “Se demagogo for defender o Piauí, eu serei demagógico. Se o senhor pode entrar na Justiça, eu também posso. Esse projeto é em defesa da Cultura do Piauí “, destacou.

A proposta vai para o Plenário. João Madison vai colocar a emenda que pede 50% para cada caso de contratação. Se for rejeitada, ele enfatiza que vai entrar na justiça contra a emenda.

Lídia Brito

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