No dia 4 de abril, às 18h, será lançado o filme documental em longa-metragem “Niède”, que conta a história da cientista Niéde Guidon, famosa em todo mundo por seu trabalho na Serra da Capivara. O filme, com exibição na sala de cinema do Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo, estará na Mostra Competitiva do Festival Internacional É Tudo Verdade.
O filme é do cineasta Tiago Tambelli, com produção executiva de Bárbara Nepomuceno, André Pessoa, Inês Figueiró, Talyta Magno, Fátima Guimarães, Fernanda Lomba entre outros profissionais de Teresina e de São Paulo. “O filme ‘Niède’ é a concretização de um sonho do cineasta paulista Tiago Tambelli. Há 20 anos o pai dele visitou o Piauí, conheceu a Serra da Capivara e falou para que ele conhecesse. Ele veio, ficou encantado com a Serra e a história de Niéde. Então, ele procurou uma produtora de Teresina, a B&T Audiovisual e firmou uma parceria com a produtora dele, a Lente Viva Filmes de São Paulo”, conta André.
O filme demorou três anos para ficar pronto, em razão da pesquisa e produção de imagens. “O Tiago me procurou para que pudéssemos planejar a produção local. Foi um ano só de pesquisa. Eles alugaram uma casa na Serra da Capivara, mergulharam na história da Niéde, e tem dois anos que filmamos a caatinga em diferentes estações. O resultado é uma megaprodução de 2h16”, acrescenta.
“Niéde” pode chegar ao Oscar. “A obra ainda nem estreou e já concorre a um festival que, caso ganhe, já será o indicado brasileiro ao Oscar. O filme que ganha é o indicado pela Academia Brasileira de Cinema para a Academia Americana que produz o Oscar. Uma coisa que é muito bacana é que o longa homenageia Niéde em vida. Ela completou 86 anos dia 12 de março”, conta o produtor executivo.
O filme é uma homenagem às riquezas naturais do Piauí, além dos mateiros que acompanharam Niéde e mostraram a riqueza dos parques. “O filme mostra a parte científica do trabalho da Niéde. Desde quando ela fugiu para a França, na Revolução de 1960, para não ser presa, e volta ao Brasil para descobrir o Piauí, até montar uma Fundação para gerenciar o Parque, que hoje é Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, como o local que protege a maior quantidade de pinturas rupestres do mundo”, finaliza André Pessoa.
Quem não puder ir a São Paulo, no dia 5 junho (Dia Mundial do Meio Ambiente) e aniversário de 40 anos da criação do Parque Nacional da Serra da Capivara, o filme será lançado no anfiteatro da Pedra Furada, para convidados e comunidades da zona de entorno do Parque.
André Pessoa – Jornal Meio Norte