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Projeto Forrageiras para o Semiárido apresenta resultados expressivos em São Raimundo Nonato

O evento reuniu cerca de 100 produtores para mostrar ganhos de peso e forragens no semiárido.

Créditos: Divulgação/ASCOM

O município de São Raimundo Nonato, no Piauí, recebeu o Dia de Campo do Projeto Forrageiras para o Semiárido. Realizado pelo Sistema Faepi Senar Piauí na Fazenda Ceará – Campo Formoso/São Vítor, propriedade do produtor Pedro França, o evento reuniu cerca de 100 produtores rurais para apresentar os resultados do experimento com bovinos de corte alimentados exclusivamente com forragens adaptadas ao clima da região.

Ao longo de 10 meses, 12 animais selecionados, com peso inicial médio de 200 quilos, atingiram a marca média de 500 quilos, demonstrando o potencial produtivo das pastagens implantadas. “O Dia de Campo vem para apresentarmos os resultados diretamente para os produtores, que têm interesse direto no projeto. Queremos oferecer um cardápio forrageiro para que possam tomar decisões mais assertivas em suas propriedades”, destacou Hudson Marreiros, supervidor do projeto no Piauí.

Créditos: Divulgação/ASCOM

Durante o evento, os participantes acompanharam palestras sobre manejo sanitário, seleção de lotes e técnicas de conservação de forragens. Ricardo Holanda, médico veterinário e supervisor da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR/PI, reforçou que o sucesso da produção passa pela escolha de animais eficientes. “A grande matéria-prima é a forragem. Mas é preciso trabalhar com animais que tenham boa resposta para transformar isso em carne de maneira rentável”, explicou.

A supervisora do ICNA, Alenilda Carvalho, detalhou os resultados de campo obtidos no experimento. “Simulamos uma condição real de trabalho e conseguimos um ganho médio superior ao projetado, mesmo em regime de sequeiro. Isso mostra que o sistema pode ser replicado e rentabilizar a atividade do produtor”, afirmou.

Francisco Monteiro, da Embrapa Meio-Norte, falou sobre estratégias de conservação de forragem para enfrentar a estiagem. “A principal alternativa para o semiárido é garantir reserva estratégica por meio da silagem e da fenação, técnicas simples e econômicas, especialmente para pequenos produtores”, orientou.

O produtor Márcio Moura, um dos presentes, aprovou a troca de conhecimentos. “As palestras mostraram que a produção de silagem é um investimento essencial para garantir alimento na seca. Foi uma experiência muito valiosa”, disse.

Satisfeito com os resultados na fazenda, Pedro França também celebrou a contribuição da ciência para o campo. “Ficou provado que a ciência é nossa aliada. Se fizermos tudo corretamente, os resultados aparecem. A prova está aqui”, comemorou.

O Projeto Forrageiras para o Semiárido é uma iniciativa do Instituto CNA, em parceria com a FAEPI, o SENAR/PI e a Embrapa. As próximas etapas incluem novos dias de campo, palestras e participação em feiras agropecuárias para ampliar a divulgação dos resultados entre os produtores do semiárido nordestino.

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