Ministro Pazuello lança plano de vacinação da Covid e inclui Coronavac
O ministro as Saúde, Eduardo Pazullo, garantiu na solenidade de lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, que todos os brasileiros serão imunizados gratuitamente.
Segundo ele, está em negociação 300 milhões de doses de vacinas. O ministro garantiu que todos os estados serão tratados igualitariamente.
“Todos os estados serão tratados de forma igualitária, proporcional. Não haverá nenhuma diferença”.
Pazuello fez uma defesa sobre a Anvisa.
“Não podemos por em dúvida a credibilidade de nossa Agência Reguladora, cuidado com as pessoas que falam de nossa Anvisa. A Anvisa é a nossa referência e é referência mundial. Ela é independente, uma agência de estado. Tudo que ela está fazendo é com critérios técnicos e de segurança para todos os brasileiros”.
Governo inclui Coronavac em plano de imunização
Em meio à politização da vacinação contra a Covid-19 e com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) capitaneando discurso antivacina, o Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (16) a inclusão da Coronavac, do Butantan, em uma lista chamada de “adesão do Brasil às vacinas”.
A lista cita a vacina de Oxford, a da Pfizer, Bharat Biotech, Moderna e Janssen, além do consórcio da Covax Facility, da OMS.
O anúncio se deu no Palácio do Planalto durante cerimônia para apresentação de uma nova versão do plano nacional de imunização.
Apesar da inclusão, o governo não informou se há um acordo fechado com o Butantan. Na apresentação, o secretário de vigilância, Arnaldo Medeiros, citou que a lista envolve acordos e memorandos de intenção para possível compra futura.
“Dependendo da eficácia e segurança, o país, sim, vai comprar vacinas”, disse Medeiros.
O ministério também disse lançar nessa quarta a primeira fase de uma campanha de comunicação para vacinação. O objetivo é esclarecer sobre a segurança e eficácia das vacinas.
Em uma segunda fase, Medeiros disse que a campanha vai dizer que “a vacinação contra Covid-19 é o Brasil em ação pela sua proteção”, mensagem que vai na direção oposta ao discurso de Bolsonaro, que afirmou nesta semana que não iria se vacinar e que quer incluir a obrigatoriedade num termo de responsabilidade para quem optar por tomar o imunizante.
“Iremos convocar os grupos a serem vacinados a ir aos postos de vacinação”, afirmou o secretário.
Atualizada às 10h40
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 está sendo lançado nesta quarta-feira em solenidade no Palácio do Planalto em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro. O governador do Piauí, Wellington Dias, também está presente no evento.
O documento é assinado pelo ministro da saúde, Eduardo Pazuello, afirma que que distribuirá a vacina contra a Covid-19 aos estados em até cinco dias após o produto ser autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A pasta também prevê que a vacinação de toda a população possa demorar 16 meses.
O governo federal deverá apenas repassar os imunizantes aos estados, que terão o papel de distribui-los aos municípios. As informações foram prestadas após o governo enviar um plano de vacinação ao STF e o relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, cobrar datas para início e término da imunização da população.
“O Ministério da Saúde estima que no período de doze meses concluirá a vacinação da população em geral, o que dependerá, concomitantemente, do quantitativo de imunobiológico disponibilizado para uso, completando-se o plano de vacinação em um total de aproximadamente dezesseis meses”, afirmou Pazuello.
A resposta do Ministério da Saúde, porém, não cita data para o início da campanha. A avaliação da pasta é que não é possível estabelecer um prazo antes do aval da Anvisa e que fixar uma estimativa a partir da decisão da agência reguladora foi a alternativa possível para dar uma resposta ao Supremo.






