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68,8% dos pacientes diagnosticados com covid-19 em São Raimundo Nonato não apresentam comorbidades

Créditos: André Pessoa.

Um levantamento realizado pela reportagem mostra que entre os pacientes que tiveram resultado positivo para o novo coronavírus em São Raimundo Nonato, 68,82% não apresentam nenhum tipo de comorbidade. Nas ciências médicas, comorbidades se referem a situações em que um indivíduo possui alguma doença em conjunto com outra, ou seja: a coexistência de doenças. E são justamente elas que propiciam um “ambiente perfeito” para a progressão do Sars-CoV-2 no organismo do paciente.

Para 18,28% dos pacientes infectados, possuem cardiopatia incluindo hipertensão, outros 9,14% possuem diabetes, 1,08% apresentam pneumopatia, 1,08% era gestante, 0,54% tem doença renal, 0,54% com imunodepressão, 0,54% obesidade e outros 0,54% asma. 50,9% dos pacientes são do sexo masculino e 49,1% do sexo feminino.

Comorbidades como diabetes, obesidade, hipertensão, tuberculose, entre outros, no contexto de uma infecção pelo coronavírus, aumentam o risco de agravamento do quadro do paciente. Para aqueles que não dão o devido tratamento às enfermidades pré-existentes, a evolução da doença causada pelo vírus pode ser ainda pior.

Pacientes com sistema imunológico fragilizado podem contrair qualquer tipo de doença, explica oncologista

Se para pacientes sem nenhum tipo de comorbidade o vírus causador da Covid-19 já é um grande risco, para aqueles que estão com o sistema imunológico comprometido por algum tipo de doença ou mesmo um tratamento mais agressivo devem ter o dobro de cuidados.

De acordo com o médico oncologista Jales Benevides Santana, especialista em aparelho digestivo, a condição imunológica de um paciente – tendo comorbidades ou não – é fator determinante em como o coronavírus vai afetar seu organismo. Ele cita o exemplo de um paciente com câncer e que precisa se submeter a um tratamento quimioterápico. Conforme o Santana, o processo fará que as defesas do indivíduo fiquem baixas, expondo-o a um risco.

“Um paciente que já está em tratamento de câncer, seja de um câncer de mama, um câncer de intestino, de estômago, e faz tratamento com quimioterapia, que é um dos tratamentos que a gente faz na oncologia. Essa quimioterapia mexe com a situação imunológica da paciente. Esse tratamento faz com que algumas células do seu corpo baixem: as plaquetas, os leucócitos, que são a defesa do organismo. E por isso ela fica suscetível as infecções, não só por coronavírus, mas de qualquer outra”, explica Santana.

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